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Idas e vindas: o que entra e sai de cartaz no fim de semana (18-21/10)

Depois da abertura oficial, ontem, com as apresentações dos espetáculos Intervenção Desvios em Trânsito, nas ruas do centro de Curitiba, e de Cortejo Cênico Musical CYRK e O Fantástico Circo-Teatro de um Homem Só, no Sesc da Esquina, a 8ª Mostra Cena Breve tem, hoje (18) seu primeiro dia de exibição. Ao todo, participam do evento 16 companhias de todo o Brasil, que trazem para a mostra cenas de 15 minutos, na tentativa de fazer um apanhado da linguagem dos grupos teatrais e um retrato de suas produções.

A programação completa da mostra pode ser conferidas no site da CiaSenhas, que organiza o evento, e  no blog da mostra, a jornalista Luciana Romagnolli dá notas sobre o evento. Vale conferir!

As apresentações  vão de hoje (18) a domingo (21), sempre às 20h, no Teatro Sesc da Esquina (R. Visconde do Rio Branco, 969). No domingo (21), para encerrar a mostra, acontece a festa Alegres Incendiários na Casa Selvática (R. Nunes Machado, 950 – Centro). A entrada é R$ 3.

Também no fim de semana, acontece o encerramento do IV Pequeno Grande Encontro de Teatro para Crianças de Todas as Idades, da Cia do Abração, com apresentações abertas ao público do espetáculo Histórias da Carrocinha, da Cia Caixa do Elefante Teatro de Bonecos, de Porto Alegre, no sábado e no domingo.

Quem também encerra temporada neste fim de semana é a peça http://www.istoebom.com.br, musical que faz suas últimas apresentações no Teatro Barracão Encena.

E por falar em musical, chega a Curitiba para curta temporada neste fim de semana o espetáculo O Som da Motown, montagem de Cláudio Figueira e Renato Vieira a partir de grandes sucessos da gravadora americana que, em 2009, completou 50 anos e deu origem ao musical de sucesso que estreou em 2010 no Rio de Janeiro e agora dá as caras por aqui, com apresentações de sexta (19) a domingo (21) no Teatro Regina Vogue. A ideia da peça não é contar a história da gravadora, mas relembrar a emoção que marca as 50 canções que compõem o espetáculo, interpretadas por cinco atrizes/cantoras (Simone Centurione, Ellen Wilson, Alcione Marques, Debora Pinheiro e Fabrícia Leesque) que se dividem no palco durante os seus 80 minutos de duração.

Cena do musical O Som da Motown que cumpre curta temporada no Teatro Regina Vogue neste fim de semana. Foto: Isabelle Neri/Divulgação.

E, para fechar, também mini temporada, tem o espetáculo curitibano Desencanto, monólogo de Sabrina Lopes com a atriz Fabíola Werlang, em cartas de hoje (18) a sábado (20) na sede histórica do Centro Acadêmico Hugo Simas, da UFPR.

 

 

IDAS

Histórias da Carrocinha

IV Pequeno Grande Encontro de Teatro para Crianças de Todas as Idades

Apresentações: sábado (20), às 16h, e domingo (21), às 11h e às 16h

Local: Guairinha (R. XV de Novembro, s/n – Centro)

Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia entrada)

http://www.istoebom.com.br 

Apresentações: quinta (18), sexta (19) e sábado (20), às 21h; domingo (21), às 19h

Local: Teatro Barracão Encena  (R. Treze de Maio,160 – Centro)

Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia entrada)

 

VINDAS

8ª Mostra Cena Breve – A Linguagem dos Grupos Teatrais

Programação completa disponível em http://www.ciasenhas.art.br/MostraCenaBreve2012/programacao.html

Apresentações: de quinta (18) a domingo (21), às 20h

Local: Teatro Sesc da Esquina (R. Visconde do Rio Branco, 969)

Ingressos: R$ 6 e R$ 3 (meia entrada)

O Som da Motown

Apresentações: sexta (19) e sábado (20), às 21h; domingo (21), às 20h

Local: Teatro Regina Vogue  (Av. Sete de Setembro, 2775 – Shopping Estação)

Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia entrada)

Duração: 80 minutos

A atriz Fabíola Werlang em Desencanto, de Sabrina Lopes, em cartaz de hoje (18) a sábado (20) na sede histórica do Centro Acadêmico Hugo Simas, da UFPR. Foto: Mariana Zimmermann/Divulgação.

Desencanto

Apresentações: quinta (18), sexta (19) e sábado (20), às 19h

Local: Sede Histórica do Centro Acadêmico Hugo Simas (Av. Mal. Floriano Peixoto, 524 – Centro)

Ingressos: R$ 3 e R$ 1,50 (meia entrada)

Duração: 30 minutos

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Circo Negro: ousadia e maturidade na peça da CiaSenhas que faz últimas apresentações neste fim de semana

Ciliane Vendruscolo, Luiz Bertazzo, Rafael di Lari e Greice Barros em Circo Negro, adaptação do texto de Daniel Veronese pela CiaSenhas de Teatro. Foto: CiaSenhas/Divulgação.

Eu confesso: não foi fácil escrever sobre Circo Negro, a peça da CiaSenhas de Teatro que permanece em cartaz até domingo, dia 30, no Espaço da Cia. dos Palhaços (R. Amintas de Barros, 307 – Centro). Há algumas razões para esta dificuldade. A primeira delas é a de se desfazer do arrebatamento inicial, que se estabelece com o início da peça e perdura – por um longo período – depois do seu encerramento. Sim, é pra se entusiasmar e, particularmente, fiquei feliz não só com o espetáculo, mas também o momento a que chegou a companhia.

Tal arrebatamento, quando impregnado por esta tal felicidade, não representa um bom termômetro para a crítica – ou resenha crítica, ou análise, ou pitacos, porque não sei precisar qual a matéria de um texto como este que coloco aqui –, uma vez que ela exige o tal distanciamento que permite avaliar a coisa pela coisa em si – e não a coisa a partir de como eu a vejo enfim. O problema é que, não bastasse um arrebatamento, eu precisei assistir à peça uma segunda vez, o que prolongou o sentimento inicial e me afastou do distanciamento pretendido. É por isso que, se fosse preciso dizer algo sobre ela agora, de pronto e sem amarras, confiando apenas no entusiasmo, diria: “É linda! Corra pra ver”. Simples assim. Mas mesmo me forçando a um distanciamento (necessário), não há como evitar o imperativo. Portanto, corra! E corra mesmo porque este é o último fim de semana.

Assumir esta indicativa é outra razão de dificuldade para me colocar em relação à obra. Significa que eu a indico para o público, o que é verdade, mas não sei se todos os públicos veriam na peça a graça que eu vi – embora seja difícil não gostar do que se vê no pequeno espaço da Cia. dos Palhaços.

Rafael di Lari, Luiz Bertazzo e a morte em cena. Foto: CiaSenhas/Divulgação.

Filosofias (mequetrefes, que se diga) à parte, vale justificar por que Circo Negro causa tanto entusiasmo – e por que merece ser vista. A primeira razão está no momento ao qual chegou a CiaSenhas, que mencionei no começo do texto. Eu não acompanhei de perto o trabalho do grupo que existe há mais de uma década até o fim do semestre passado, quando a companhia recapitulou três de seus espetáculos mais recentes (Homem Piano, Delicadas Embalagens e Concerto para Rameirinhas) em uma pequena mostra de repertório, algo que poderia existir mais se não fossem os entraves todos (que quem de arte vive sabe quais são).

Consegui assistir aos três e fiquei impressionado. Parte disso se deve ao fato de as três peças buscarem, no olhar para o público, uma repercussão que se dá em cena, entre os atores. Outro fato que me marcou foi a consistência da dramaturgia desenvolvida pela companhia – uma dramaturgia que se aprimorava e se sofisticava a cada uma das peças.

E, então, depois da recapitulação, surge Circo Negro, uma adaptação do texto do atualmente celebrado dramaturgo argentino Daniel Veronese. Processos de adaptação à parte, o texto de Veronese, originalmente concebido para bonecos, foi transposto para o palco com quatro atores, levando em conta questões importantes para a companhia, segundo Luiz Bertazzo, um dos atores da peça.

Mais do que isso: o texto é usado como meio para a expressão de outras questões que, hoje (e diferentemente das três peças que o grupo recapitulou), com Circo Negro, parecem incorporadas à companhia: a ideia de realismo (importante antes) que se dissolve em uma estrutura nada realista, o gesto imbuído de significação e a emoção que surge independente da narrativa. Três questões apreendidas a partir do texto de Veronese e desenvolvidas a partir do olhar para o público, da percepção do expectador, um elemento que dita a razão de ser da cena, do espetáculo como um todo – pelo menos, é a percepção que tenho, e que fica evidente já no início de Circo Negro.

Emoção e representação: Ciliane Vendruscolo e Greice Barros dão vida a um conto russo em meio à peça. Foto: CiaSenhas/Divulgação.

Aliás, é já no início do espetáculo que se percebe que ele é fruto da maturidade de um grupo que, com Circo Negro, busca inovar a partir de um desafio formal e estético ao qual ele mesmo se coloca. Parte deste desafio está no diálogo que procura estabelecer com um texto que não é de autoria própria (no caso, da diretora Sueli Araújo, que também assina a direção de Circo Negro) e, mais, que pertence a um dos mais importantes dramaturgos latino-americanos da atualidade. Outra parte está na concepção dramatúrgica nada fabular (um salto em comparação aos outros espetáculos) que coloca este texto – e as questões da companhia – em cena.

É aí que a coisa pega – e esta talvez seja a principal razão do meu arrebatamento. Nada do que se pretende com a peça faria sentido se ela não tivesse calcada na atuação de seus atores – ainda mais quando a peça tem como ponto central a representação. E mais, se não fosse o grupo tão coeso. Chama a atenção o fato de tal unidade ser obtida mesmo quando há dois atores novos em cena: Ciliane Vendruscolo e Rafael di Lari, que se juntaram a Greice Barros, Bertazzo e à companhia para a o espetáculo.

Bertazzo em cena. Foto: CiaSenhas/Divulgação.

Mas, apesar da coesão e afinação do elenco, Circo Negro não só evidencia, como confirma o talento de Luiz Bertazzo, um dos mais evidentes na atual cena curitibana. É dele os melhores momentos da peça, como quando se transforma em leão ou quando descreve a sintomatologia de sua própria morte no palco.

No fim das contas (e até porque o texto já se faz longo), Circo Negro não é um espetáculo para ser entendido. “É pra ver o circo acontecendo”, diz Bertazzo, com quem falei na tentativa de saber mais sobre a peça. De fato, é para ser visto, antes de tudo. Contemplado, que seja, e sentido, do início ao fim. E, fazendo eco ao diálogo relatado por Luciana Romagnoli no início do seu texto sobre a peça (leia aqui), relevante para cruzar as fronteiras da cidade e ser vista por outros olhares.

CIRCO NEGRO

Últimas apresentações: sexta (28) e sábado (29), às 20h; domingo (30), às 18h e às 20h.

Local: Espaço Cultural Cia. dos Palhaços (R. Amintas de Barros,307 – Centro).

Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia entrada)

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Idas e Vindas: o que entra e sai de cartaz no fim de semana (27-30/09)

Luiz Bertazzo e Rafael di Lari em Circo Negro, da CiaSenhas, em cartaz até domingo (30) no Espaço da Cia. dos Palhaços. Foto: CiaSenhas/Divulgação.

O fim de semana será gelado em Curitiba, mas não nos palcos da cidade. Entre idas e vindas, destaque para o excelente Circo Negro, da CiaSenhas de Teatro, que faz suas últimas apresentações até domingo no Espaço Cultural Cia. dos Palhaços, e Disney Killer, montagem paulista para o primeiro – e polêmico – texto encenado do escritor e dramaturgo britânico Philip Ridley – autor de Suave Napalm, que esteve em cartaz em Curitiba em agosto (veja análise aqui). Dirigida pelo paranaense Darson Ribeiro, a peça tem apresentações de sexta a domingo no Guairinha.

Encerrando temporada, tem os espetáculos No Retrovisor, montagem da Cia. Insaio para o texto de Marcelo Rubens Paiva em cartaz no Mini Guaira, e Imprecações, da Cia. Serial Cômicos, em cartaz no Teatro Cena Hum, além das comédias Será que Ele é? – Cuidado! Seu Príncipe Pode Ser Uma Cinderela, no Teatro João Luiz Fiani, Eu Quero Sexo, no Lala, e as peças do Barracão EnCena, Orgulho Hetero – da Adolescência ao Adultério, As Domésticas e Diário de um Louco. Despedem-se, também, o drama Confortavelmente Entorpecido, no Teatro Reikrauss, e Medeia, adaptação de Jader Alves para o clássico de Eurípides, em cartaz no Lala.

Me Leva pra Casa, peça de João Fábio Cabral que faz duas apresentações em Curitiba na sexta (28) e sábado (29). Foto: Divulgação.

Também passa por aqui neste fim de semana a peça Me Leva pra Casa, com texto do potiguar radicado em São Paulo, João Fábio Cabral, e direção de Fabiana Carlucci, com apresentações na sexta e no sábado no Paiol, e Valsa nº 6, monólogo a partir do texto de Nelson Rodrigues, com Leonarda Glück e direção de Gustavo Bitencourt, em cartaz desde ontem, quarta (26), no Teatro José Maria Santos. E, por fim, estreando no domingo (30), tem A Dama e o Vagabundo, no Teatro Fernanda Montenegro.

Veja abaixo a programação:

IDAS

Circo Negro

CiaSenhas de Teatro

Últimas apresentações: quinta (27), sexta (28) e sábado (29), às 20h; domingo (30), às 18h e às 20h.

Local: Espaço Cultural Cia. dos Palhaços (R. Amintas de Barros,307 – Centro).

Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia entrada)

No Retrovisor

Cia. Insaio de Teatro

Últimas apresentações: quinta (27), sexta (28) e sábado (29), às 21h; domingo (30), às 19h.

Local: Miniauditório do Teatro Guaira (R. Amintas de Barros, s/nº – Centro)

Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia entrada)

Imprecações

Cia. Serial Cômicos

Últimas apresentações: quinta (27), sexta (28) e sábado (29), às 20h; domingo (30), às 19h.

Local: Teatro Cena Hum (R. Senador Xavier da Silva, 166 – São Francisco)

Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia entrada).

Será que Ele é? – Cuidado! Seu Príncipe Pode Ser Uma Cinderela

Palco Produções

Última apresentação: sexta (28), às 21h

Local: Teatro João Luiz Fiani (R. Coronel Dulcídio, 517 – Shopping Novo Batel)

Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia entrada)

Eu quero sexo

Cia. Máscaras de Teatro

Última apresentação: domingo (30), às 18h30

Local: Teatro Lala Schneider (R. Treze de Maio, 629 – Centro)

Ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia entrada)

Orgulho Hetero – da Adolescência ao Adultério

Barracão EnCena

Última apresentação: sexta (28), às 21h

Local: Teatro Barracão EnCena (R. Treze de Maio,160 – Centro)

Ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia entrada)

As Domésticas

Barracão EnCena

Última apresentação: sábado (29), às 21h

Local: Teatro Barracão EnCena (R. Treze de Maio,160 – Centro)

Ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia entrada)

Diário de um Louco

Barracão EnCena

Última apresentação: domingo (30), às 19h

Local: Teatro Barracão EnCena (R. Treze de Maio,160 – Centro)

Ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia entrada)

Confortavelmente Entorpecido

Última apresentação: sábado (29), às 19h

Local: Teatro Reikrauss Benemond (Pça. Tiradentes, 106 – Centro)

Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia entrada)

Medeia

Últimas apresentações: sexta (28), sábado (29) e domingo (30), às 21h.

Local: Teatro Lala Schneider (R. Treze de Maio, 629 – Centro)

Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia entrada)

VINDAS

Disney Killer, peça do autor britânico Phillip Ridley, dirigida pelo paranaense Darson Ribeiro, que faz curta temporada no Guairinha neste fim de semana. Foto: Divulgação.

 

Disney Killer

Apresentações: sexta (28) e sábado (29), às 21h; domingo (30), às 20h

Local: Guairinha (R. XV de Novembro, s/n° – Centro)

Ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia entrada)

Me Leva pra Casa

Apresentações: sexta (28) e sábado (29), às 21h

Local: Teatro Paiol (Pça. Guido Viaro, s/nº – Prado Velho)

Ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia entrada)

Valsa nº 6

Apresentações: quinta (27), sexta (28) e sábado (29), às 20h; domingo (30), às 19h

Local: Teatro José Maria Santos (R. Treze de Maio, 655 – São Francisco)

Ingressos: R$ 5 e R$ 2,50 (meia entrada)

A Dama e o Vagabundo

De 30 de setembro a 27 de outubro

Apresentações no domingo, dia 30, e aos sábados a partir do dia 6 de outubro, sempre às 16h

Local: Teatro Fernanda Montenegro (R. Coronel Dulcídio, 517 – Shopping Novo Batel)

Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia entrada)

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